quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Enfim, o encerramento de mais uma jornada...


Ao longo desse período dado à execução do trabalho, houve muito desempenho por parte de todos os integrantes do grupo. Os assuntos aqui postados foram revisados para que se promovesse uma boa apresentação e para que os temas ficassem expostos de forma criativa e envolvente.


Falamos da vida do marechal Osorio, com uma busca pelos detalhes que pudessem dar um toque a mais a todo o conjunto. Explicamos detalhadamente os temas propostos, além de aperfeiçoarmos o blog com curiosidades à respeito dessa figura da cavalaria brasileira. Enfim, mostramos a real importância e as contribuições feitas por Osorio para a formaçao de uma pátria digna do povo brasileiro.

Nessas poucas palavras, encerramos o nosso trabalho com uma certeza: todo o empenho e dedicação possível para a realização de qualquer tarefa foi depositado nesse blog por todo o grupo.

E agora, nada mais justo do que darmos, como fechamento de toda a pesquisa, as palavras da figura mais focada ao longo desse trabalho: o marechal Osorio!


''A glória é a mais preciosa recompensa dos bravos.''

Caminho de Osorio

Canções


Discover RCG!

Batalhas de Osorio (1)

Aqui vai um pequeno resumo das principais batalhas nas quais Marechal Osorio participou, sendo a maioria delas durante a Guerra do Paraguai:

A Batalha de Monte Caseros (1852)
Travada em 3 de Fevereiro de 1852, foi uma das batalhas da Guerra contra Oribe e Rosas, na qual defrontaram-se o Exército da Confederação Argentina de Juan Manuel de Rosas e o da aliança encabeçada pelo General Justo José de Urquiza, Governador da Província de Entre Ríos, sendo marcada pela queda definitiva do Governo de Rosas, e pela criação da Confederação Argentina, comandada pelo General Urquiza.
Caseros era uma região próxima à sede de Buenos Aires. O local da batalha é hoje ocupado pelo Colegio Militar de la Nación, entre as estações de trem Caseros e El Palomar, na Grande Buenos Aires.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Monte_Caseros

A Batalha de Tuiuti (1866)

A batalha de Tuiuti, considerada a maior batalha campal na América Latina, que envolveu mais de 50.000 homens, foi um desastre tremendo para os paraguaios, que sofreram 12.000 baixas, sendo metade relativas a mortos e as restantes a feridos ou prisioneiros. As forças aliadas, em posições defensivas e contando desde o inicio com superioridade numérica, sofreram muito menos baixas.
O ditador Paraguaio Solano Lopez pretendia destruir as forças aliadas e empurrá-las para a outra margem do rio Paraná, porém seu ataque foi desorganizado e suas tropas estavam com uma relativa inferioridade numérica em relação às do inimigo, logo perdeu uma parte muito considerável do seu exército.
Fonte: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=42

A Batalha de Humaitá (1868)
Durante a Guerra da Tríplice Aliança, Solano Lopes decidiu defender o território paraguaio construindo fortificações na margem esquerda do rio Paraguai. Dentre estas fortificações, destacava-se a Fortaleza de Humaitá, protegida ao Sul pela linha de Curupaiti, que dificultava a passagem da Esquadra Aliada rio acima.
A fim de conquistar estas posições inimigas, o Marechal Duque de Caxias se deslocou amplamente para o Leste, envolvendo e isolando da capital paraguaia os defensores destas fortificações. À comando do Gen. Osorio, ele realiza profundos reconhecimentos, penetrando no território inimigo o 3° Corpo do Exército e apertando a área. Inicia-se a evacuação da Fortaleza com um retraimento pela margem esquerda do rio Paraguai.
Já que as defesas do bastião inimigo estavam enfraquecidas, o General Osorio lança um reconhecimento contra as suas trincheiras e derruba a fortaleza de Humaitá.
Com a conquista desta fortaleza, é liberada completamente a passagem do Rio Paraguai para a Esquadra Brasileira. Cai Assunção, a capital paraguaia, e inicia-se o colapso do Exército Paraguaio. A Guerra marcha para o final.
Fonte:
http://www.osorio.org.br/humaita.htm

A Batalha de Itororó (1868)
A chamada batalha de Itororó foi um violento confronto que aconteceu em 06 de dezembro de 1868, durante a Guerra do Paraguai, entre as tropas imperiais do Brasil e as forças paraguaias de Francisco Solano Lopez. Após desembarcar às margens do rio Paraguai, na localidade de Santo Antônio, o Exército Aliado marchou para Sul, defrontando-se com o inimigo na ponte do arroio Itororó.
Na véspera do ataque, o Comandante e Chefe das Forças Aliadas, Marechal Duque de Caxias, falou para o Gen. Osorio marchar com o Terceiro Corpo de Exército à esquerda do grosso das Forças do Exército Aliado, a fim de atacar e flanquear o inimigo pela retaguarda e realizar a segurança do flanco leste. Enquanto o Gen. Osorio realizava seu deslocamento, Caxias ordenou o ataque à ponte de Itororó, iniciando a sangrenta batalha.
No conflito, os brasileiros perderam 1806 homens, enquanto o inimigo perdeu 1200, além das seis bocas de fogo, munição e armamento de toda a espécie. Após isso iniciou-se uma série de batalhas que ocorreram no mês de Dezembro de 1868, período que foi chamado de Dezembrada.
Fonte:
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=367631

A Batalha do Avaí (1868)

A chamada Batalha do Avaí ocorreu no período da Dezembrada, no dia 10 de dezembro de 1868, na qual apenas 100 paraguaios, incluindo o general Bernardino Caballero, conseguiram escapar. Nesta batalha, o Mal. Osorio é acertado por um projétil inimigo, que o fere gravemente em pleno rosto, fraturando-lhe o maxilar.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Avaí

Batalha de Cerro Corá (1870)
Em 1° de Março de 1870 ocorreu a última Guerra da Tríplice Aliança, na qual se enfrentaram cerca de 4500 soldados aliados contra 250 paraguaios. Foi uma vitória fácil para a Tríplice Aliança, que reduziu a população do Paraguai de 1,3 milhões de pessoas para um pouco mais de 200 mil. Foi nessa batalha que o ditador paraguaio Solano López foi perseguido e morto, o que causou o fim do conflito.
Fonte:
http://www.unificado.com.br/calendario/05/paraguai.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_cerro_corá

Batalhas de Osorio (2)

Revolução Farroupilha (1835 - 1845)

Causas da revolução:

-Havia altos impostos sobe o charque produzido no Rio Grande, que fazia o charque platino ser mais barato. Dessa forma, as regiões centrais do Brasil preferiam o charque platino, consideravelmente mais barato.

-Apesar de seu grande sacrifício para manter a fronteira relativamente protegida, produzir toda riqueza que o café acumulava na corte e o grande número de baixas masculinas, a corte não dava o devido reconhecimento e apoio financeiro para o RS.

-Idéias liberais, como acontecia em todo mundo, atingiram o Rio Grande, isto é, a não intervenção do Estado na economia; o controle do poder Executivo pelo Legislativo a fim de evitar o absolutismo; e a oposição de uma nova Constituição de acordo com os costumes locais e pela federação.

-Militarmente, o líder gaúcho, coronel Bento Gonçalves, não foi tão prestigiado quanto outros militares brasileiros.

O Rio Grande do Sul sentia-se desprestigiado pelo Império. Como o Império não atendia os apelos, foi declarada a guerra. Na melhor das hipóteses eram menos de 5.000 Farrapos na população de 400.000 gaúchos. Não tinham recursos, porém lutaram arduamente. Proclamaram a República Sul-rio-grandense, isto é, declararam-se independentes do Brasil.


Conseqüências:

Por dez anos, a guerra civil prejudicou o setor pecuarista. As perdas foram muito maiores do que os lucros políticos e econômicos do movimento. Os pecuaristas saíram mais endividados junto aos comerciantes e banqueiros. Propriedades rurais, gado e escravos foram perdidos e tornou-se muito difícil repô-los posteriormente. A paz honrosa de Poncho Verde, em 1845, acomodou as crescentes dificuldades dos farrapos, pois não interessava ao governo monárquico reprimir uma elite econômica.

Aos oficiais do Exército farroupilha foram oferecidas possibilidades de se incorporarem aos quadros do Exército nacional. Líderes presos foram libertados e a anistia foi geral e imediata.

Fonte: http://www.popa.com.br/docs/cronicas/farrapos.htm

http://www.paginadogaucho.com.br/hist/revfarr.htm

http://www.resenet.com.br/causas_rev.htm

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Armas das Tropas de Osorio - Armas Brancas

A maioria das armas brancas existentes anteriormente continuaram a ser usadas normalmente no período das décadas de 1850 e 1860, sem maiores transformações. A única mudança importante que teve ocorreu na espada de uso dos oficiais do exército, que continuou a ter as linhas gerais da espada do modelo 1831, mas sua guarda foi modificada, ficando mais fechada.
Quatro armas brancas se destacaram no século XIX: o sabre 1851, o terçado de músico, a lança 1864 e o sabre-serra.

Sabre 1851

É a arma mais comum encontrada em coleções particulares e em museus, sendo uma variação do sabre de 1831 de oficiais. Ela não foi aprovada oficialmente, mas já aparece nas estampas de uniformes de 1852. A grande diferença deste modelo para o de 1831 era a forma das barras de proteção da guarda, que eram achatadas e não mais roliças. Permaneceu em uso até o início da República, mudando apenas o Brasão do Império pelo Republicano.

Terçado de Músico

Não há muitas informações sobre a aceitação do terçado de músico no Exército. Ele aparece no modelo dos uniformes de 1852, então deve ter sido adotado por volta dessa época, permanecendo em uso até meados do século XX. Inicialmente, era usado por membros das bandas de cada batalhão ou regimento do exército que, em combate, levavam os companheiros combatentes feridos de maca, logo necessitavam de uma arma de defesa.
Os mestres das bandas, tambores-móres e músicos mais competentes utilizavam um terçado mais elaborado, mas este costume acabou em desuso, provavelmente por causa da sistematização e simplificação dos uniformes feita na década de 1860.

Lança 1864

É a primeira lança que aparece em quantidade nas coleções brasileiras, sendo parecida com a de 1844. Foi a arma utilizada para travar a Guerra do Paraguai, pois era o modelo oficialmente usado em 1872. Importada da França, sua característica mais notável era a haste: mais grossa em direção ao conto, de forma que o centro de gravidade da arma era mais próximo da parte de trás, aumentando o alcance do golpe. Esta característica ainda gerou algumas discussões até no parlamento, pois era estranha aos costumes gaúchos, mas mesmo assim foi adotada.

Dados técnicos:

Comprimento total : 276 cm
Comprimento da lâmina: 14,5 cm
Diâmetro da haste: 4,7 cm
Alcance: 164 cm
Peso: 2,52 kg


Sabre-serra

O sabre-serra era um terçado utilizado especificamente pelo batalhão de engenheiros. Consta que foi aprovado com a criação do batalhão, em 1852, mas há dúvidas sobre isso.
Era usado mais como uma ferramenta do que como uma arma, pois o dorso da lâmina era serrilhado – não para causar maiores ferimentos como diz a lenda, mas para poder servir de serra aos pontoneiros, etc.
Hoje em dia são peças extremamente raras, pois dizem que o Exército destruiu os antigos estoques deste modelo na década de 1940, utilizando elas como ferragens em um pátio de concreto armado.


Fonte: http://www.francisco.paula.nom.br/Armas%20Brasil/SecXIX/Exercito_profissional/sabre_serra.htm

Armas das Tropas de Osorio - Armas de Fogo (1)

Armas utilizadas pelo exército brasileiro

na metade do século XIX (1850-1870)

Espingardas

Havia três tipos principais de espingardas naquela época:


-Fulminantes lisas

O Manual do soldado de Infantaria de 1872, tem um desenho de duas armas de fulminante lisa: uma francesa, certamente a do modelo 1840, e outra que é uma inglesa. Como dissemos acima, acreditamos que esta última seja a do modelo inglês de 1842, devido a pequenos detalhes mencionados na documentação oficial, mas não podemos ter certeza absoluta se todas as armas compradas eram desse modelo ou de variantes, mesmo convertidas.

Espingarda Inglesa M842

Dados técnicos:

Calibre: 19 mm

Comprimento: 139 cm

Peso: 4,15 kg

Alça de mira: 700 m

Alcance útil: 100 m

Cadência de fogo: 2-4 tiros por minuto


-Minié

A espingarda Minié é a descendente da "granadeira" do 1º Império. Como arma longa, equipava os Batalhões de Fuzileiros (Infantaria pesada) do Exército ou seja, os sete primeiros batalhões da Força – o elemento de choque do exército. Era equipada com a tradicional baioneta triangular para dotar os soldados com uma arma apropriada para o combate corpo-a-corpo.

Devido a diversos fatores, inclusive o fato de que o combate corpo-a-corpo tinha perdido importância, e levando em conta as maiores distâncias de engajamento dos combates, além de ser necessário considerar que a espingarda longa não era muito apropriada para o uso no Brasil, por causa da baixa estatura dos nossos soldados, a espingarda Minié foi pouco usada, sendo abolida a partir de 1872. Mesmo assim, 19.740 exemplares ainda foram enviados para a linha de frente no Paraguai.

Espingarda Minié

Dados técnicos:

Calibre: 14,8 mm

Comprimento: 140 cm

Peso: 4,14 kg

Raias: 4 a direita

Alça de mira: 825 m

Alcance útil: 300 m

Cadência de fogo: 2-4 tiros por minuto


-Enfield

A Enfield modelo brasileiro de 1858 era a arma inglesa (modelo 1853 daquele país) que usava a bala do sistema Miné. Foi usada indiscriminadamente pelos batalhões de fuzileiros, junto com as armas belgas, de calibre diferente. Como não podia deixar de ser, isso gerou uma série de confusões com relação á distribuição de munição durante a guerra do Paraguai. Por esse motivo, foi ordenado a conversão da arma para o calibre 14,8 mm, gerando a arma que é chamada de modelo 1864/1865.

Espingarda Enfield

Dados técnicos:

Calibre: 14,66 mm

Comprimento: 140 cm

Peso: 3,90 kg

Raias: 5 a direira

Alça de mira: 900 jardas ou 1100 metros

Alcance útil: 300 m

Cadência de fogo: 2-4 tiros por minuto